quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Não Pode...


Não podem Comer chocolate

Séculos antes de os espanhóis chegarem à América, os astecas já conheciam as favas de cacau. Com elas, faziam um líquido escuro e amargo, preparado com pimenta e especiarias, que chamavam Tchocolatl. Antes de servir, os astecas derramavam a bebida do altar, para fazer espuma. Daí foi levado para a Europa e teve mudanças em cada localidade do mundo! Mas, seu início era associado ao misticismo!


Não podem jogar Damas ou Xadrez
Muitos jogos nasceram como instrumentos de adivinhação, usados por sábios e conselheiros. Eles garantiam que podiam prever até guerras depois de uma disputa. Assim, em 2000 a.C., nasceu no Egipto o jogo de damas, inicialmente chamado de alquerque. Vale lembrar que seu formato sempre deriva de mandalas, outro símbolo místico do Oriente.


Não podem ir para Hospitais

Para evitar o transtorno de tratar seus escravos velhos e doentes, os romanos ergueram um templo dedicado a Esculápio, o deus da medicina, numa ilha do rio Tibre, em 293 a.C. Os escravos ficavam deitados ali, aos cuidados desse deus. A maioria morria. Aqueles que conseguiam se recuperar passavam a cuidar dos doentes, como se fossem enfermeiros. Eis aí o início do Hospital que conhecemos hoje!


Não podem se divertir em circos

Já o circo nasceu na Roma antiga. Naquela época, consistia em uma área dividida em pista, arquibancada e cavalarias onde ocorriam corridas de cavalos, combate de gladiadores, brigas entre homens e animais e duelos entre bichos. Por isso o local recebeu o nome circus, que quer dizer lugar em que competições acontecem. Vale lembrar que tudo isso tinha a bênção do Imperador de Roma, considerado um deus! Não podem mais aplaudir o final de um discurso O aplauso existe há cerca de 3 mil anos. No princípio, era um gesto religioso, popularizado em rituais pagãos: o barulho devia chamar a atenção dos deuses. No teatro clássico grego, era a forma pela qual os artistas pediam à plateia que invocassem os espíritos protectores das artes.


Não podem mais apertar a mão de ninguém

O aperto de mão era a forma pela qual um deus concedia seu poder a um dirigente terrestre. Isso está gravado em diversos hieróglifos egípcios, em que o verbo dar é representado por uma única mão estendida.


Não podem se basear pelos dias da semana

Por que a semana tem 7 dias? O conceito da semana de sete dias remonta a várias culturas antigas e está relacionado à religião e à astronomia. Por volta de 3000 a.C., os povos já distinguiam a olho nu os chamados “setes astros errantes”: Sol, Lua e os planetas Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter e Saturno. Cada dia foi, então, dedicado a uma deidade, que dá nome aos planetas. Após o cristianismo, o nome do dia do Sol (solis dies) passou a ser o dia do Senhor (dominus, que deu origem a domingo) e o saturni dies (dia de Saturno) foi trocado por sabbatum, que vem do hebraico shabbat, dia do descanso. Os demais: lunae dies (segunda), martis dies (terça), mercurii dies (quarta), jovis dies (quinta) e veneris dies (sexta).


Também não podem ter uma chaminé
Esse costume indiano tem sua réplica nas crenças disseminadas pela Europa e Ásia, de que a alma do morto sai pela chaminé (orifício de fumaça) ou pelo telhado, principalmente pela parte do teto que se encontra acima do “ângulo sagrado”.


Não podem ter contacto com a Matemática

O pensamento matemático nos albores da civilização humana jamais aparece com sua verdadeira forma lógica, e se encontra, por assim dizer, envolto na atmosfera do pensamento mítico. Os pitagóricos falavam do número como de um poder mágico e misterioso, e até em sua teoria do espaço empregam uma linguagem mítica. Quando o homem, pela primeira vez, ergueu os olhos para o céu, não foi para satisfazer a uma curiosidade meramente intelectual. Em face destas considerações, vemos claramente que o espaço dos primeiros sistemas astronómicos e matemáticos não poderia ser um mero espaço teórico, estava prenhe de poderes mágicos, divinos e demoníacos.


Não podem ter jardins decorativos em suas casas

Mas esses jardins em miniatura, que se tornaram objecto de predilecção para os estetas, tinham uma longa história, até mesmo uma pré-história, na qual se revela um profundo sentimento religioso do mundo, a lembrança do paraíso original que fora perdido.


Não podem viver em cidades e casas

A habitação humana, por sua vez, fora precedida cronologicamente pelo “lugar santo” provisório, pelo espaço provisoriamente consagrado e cosmizado. Isso é o mesmo que dizer que todos os símbolos e rituais concernentes aos templos, às cidades e às casas derivam, em última instância, da experiência primária do espaço sagrado. Tudo o que foi feito de estrutura de uma cidade era ao mesmo tempo uma necessidade física para a moradia, mas com amplo fervor místico, já que não podia desagradar os deuses!


"Irmãs", não podem mais usar colar de pérolas!

Nos limites da magia e da medicina, a pérola cumpre o papel ambíguo do talismã; o que anteriormente proporcionava fertilidade e assegurava um destino ideal depois da morte, torna-se pouco a pouco uma constante fonte de prosperidade. Antigamente, no Oriente era usada medicinalmente e misticamente e pouco a pouco foi obtendo o status de jóia!


Nada de bijutarias feitas com conchas do mar

Os colares de conchas, os braceletes, os amuletos ornados com conchas marinhas ou mesmo a simples imagem destas defendem mulheres, crianças e animais da má sorte, das doenças, da esterilidade.


Não podem ter muros nas suas casas

É bem provável que as defesas dos lugares habitados e das cidades tenham começado como defesas mágicas; isto porque essas defesas – fossos, labirintos, muralhas etc. – eram dispostas para impedir muito mais a invasão dos maus espíritos do que o ataque dos humanos. Até mais tarde na história, na Idade Média por exemplo, os muros das cidades eram consagrados ritualmente como uma defesa contra o Demónio, a doença e a morte.


'Irmãs" não podem cobrir a cabeça na oração

O Capuz ou Véu era peça de vestuário de diversos deuses, demónios e magos. Além do lado prático, tem valor de expressão simbólica de concentração de força espiritual ou do ocultar-se. Nos ritos de iniciação das mais diversas culturas cobrir a cabeça com véu ou capuz simboliza a morte.


Não podem varrer suas casas

A vassoura junto com seu lado prático é um objecto não só profano mas também cúltico, usado para a limpeza simbólica de um templo.
NÃO PODEM FAZER TEATRO (DRAMA) NOS CONGRESSOS O teatro nasceu na Grécia pagã, no culto de Dionísio. Inclusive, antes de cada tragédia ser encenada sacrificava-se um bode a esse deus.



Pascoal Naib

1 comentário:

Rupro disse...

Muito bem observado!
Mas não fique dando ideias para a Torre, valeu?