sábado, 29 de agosto de 2009

Jesus é ou não o mediador...

Todo cristão sabe o que a bíblia diz em 1 Timoteo 2:5: "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem".


Esta passagem é bem clara, indiscutível. Somente ela serve de base para dizermos que Jesus Cristo é de fato o mediador entre Deus e todos os homens. Há ainda outros textos bastante interessantes:

Hebreus 9:28 "assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação", ou quem sabe:

1 João 2:1 "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo".

Advogado, mediador, intercessor. Estes são os papeis que Cristo desempenha perante Deus para cada homem vivo neste planeta. Ele morreu por todos nós, e quer que todos sejamos salvos. Ele ama a cada um individualmente, mesmo aqueles que ainda não crêem Nele como seu Salvador e aquele que redimiu sua vida perante o Pai celestial. Portanto, nestas passagens e em muitas outras, o assunto fica bem claro, sem espaço para outras interpretações. Porém, será que é mesmo assim que o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová pensam a respeito do papel mediador de Cristo ? A resposta, para nossa inteira surpresa é: NÃO! A Sociedade Torre de Vigia (STV) afirma categoricamente que Jesus NÃO É O MEDIADOR entre Deus e toda a humanidade. Dizem que ele é meramente o mediador do pacto que foi celebrado somente para os 144.000. É exatamente assim que os homens que dirigem todas as Testemunha de Jeová no mundo pensam. Creio que muitos que são testemunhas de Jeová não sabem deste fato (eu mesmo não sabia). E como isso é triste de ser lido. Eu tenho profunda tristeza em ler afirmações como a que vou descrever aos leitores logo abaixo. Como isto contrasta com textos como os que acabamos de citar acima. Somente a frase de 1 Timóteo 2:5 de um "só mediador entre Deus e os homens" não dá margem para uma outra intepretação. A Sociedade se baseia em Hebreus 8:6, Hebreus 9:15 e Hebreus 12:24 para dizer que ele é mediador apenas do pacto. De fato ele é o mediador do pacto, mas também é o mediador entre Deus e os homens. Tem vários outros textos que fala de Cristo como nosso intercessor, advogado e tantas outras coisas, mostrando que ele de fato intermedia por nós ao Pai. Isto está claro como cristal e a Sociedade faz ginástica teológica para ensinar o contrário.

EIS os Artigos da STV afirmando que Cristo NÃO é o mediador entre Deus e Toda a humanidade, mas só mediador de um novo pacto entre Deus e o grupo de elite de 144.000 "ungidos" da Torre de Vigia.

* A sentinela 15/08/1989 (Páginas 30-31) - "Claramente, pois, o novo pacto não é um arranjo livre, aberto a toda a humanidade. Trata-se duma cuidadosamente providenciada provisão legal envolvendo Deus e os cristãos ungidos."

* A Sentinela 15/02/1991 (Página 17 - em especial parágrafo 8) - "Assim, o sacrifício de resgate é fundamental para o novo pacto, do qual Jesus é o Mediador. Paulo escreveu: “Há um só Deus e um só mediador entre Deus e homens, um homem, Cristo Jesus, o qual se entregou como resgate correspondente por todos — isto é o que se há de testemunhar nos seus próprios tempos específicos.” (1 Timóteo 2:5, 6) Estas palavras aplicam-se em especial aos 144.000, com quem o novo pacto é feito."

* A Sentinela 01/01/1993 (Página 5) - "De modo que este homem, Cristo Jesus, foi o primeiro duma nova criação, ungido para fazer a vontade de Deus. Mais tarde, à base da sua morte sacrificial, Jesus tornou-se o Mediador dum novo pacto entre Deus e um grupo seleto de homens".

Este "seleto grupo de homens" no caso aqui são os 144.000. Pois, na visão da Sociedade, a grande multidão depende dos 144.000 para serem intermediados por Cristo. E isto na verdade, significa que eles é quem são os intercessores das Testemunha de Jeová perante Cristo. Aqueles que tem acesso as publicações da Torre de Vigia devem pesquisar bem o assunto para verem que é exatamente assim que a Sociedade pensa a respeito do assunto. E de fato a intecessora da "grande multidão" é a Organização, composta pelos 144.000, o "seleto grupo de homens". Cristo não é para você, é o que a Sociedade quer advogar. Isto é algo muito sério.

Para fechar estas pequenas referências, o Livro Segurança Mundial Sob o Príncipe da Paz (página 10) diz:

"Do mesmo modo, o Moisés Maior, Jesus Cristo, não é o Mediador entre Jeová Deus e toda a humanidade. Ele é o Mediador entre seu Pai celestial, Jeová Deus, e a nação do Israel espiritual, que está limitado a 144.000 membros."

Vocês pode até pensar que, por este livro ser antigo, talvez uma "nova luz" tenha surgido para mudar este conceito. Para tirar esta dúvida, os artigos de A Sentinela de 1989, 1991 e 1993, que são bem recentes, tem o conteúdo bastante similar ao mostrado acima. Portanto, esta ainda é a maneira como a Sociedade vê a questão. Sugiro que o leitor também dê uma olhada no Estudo Perspicaz das Escrituras (publicado pela STV), sob o tópico "Mediador", onde você poderá ver mais algumas explicações do "escravo fiel e discreto" (o corpo governante das TJ's).

Então, da próxima vez que alguém lhe perguntar ou afirmar que na concepção das Testemunhas Cristo é o mediador entre elas e Deus, você sabe não é bem assim. Cristo é o mediador apenas dos 144.000 "ungidos" da Torre de Vigia que vão para o céu. As outras ovelhas (a vasta maioria das TJ's vivas) dependem dos 144.000 (que hoje chegam a uns 11.000 vivos) e consequentemente da organização para serem salvos.

Que os fatos aqui apresentados vos ajudem a perceber que a Sociedade tem de fato desencaminhado das pessoas o único mediador (Jesus) e tem assumido presunçosamente este papel, colocando em perigo espiritual a vida de mais de 7 milhões de pessoas.

Orem a Deus pedindo orientação antes de ler sua palavra para elucidar o assunto.

Vigiando a Torre

Solicitação do autor do Blog

se sentiu alguma vez com uma vontade tão grande de contar aos seus amigos a verdade sobre a “verdade” ?



Não tenho como objectivo "desconvertê-lo" - caso você seja uma Testemunha - nem atacar as Testemunhas de Jeová, enquanto pessoas, até porque as Testemunhas são basicamente pessoas boas e amistosas. Meu objectivo é mostrar, com nobreza, mas de forma elucidativa, um outro lado da religião que nunca antes lhe foi mostrado. O surgimento da Internet e sua popularidade tornou isso possível. Este blogue pretende ser um lugar para a exposição, em forma de artigos, de assuntos relacionados exclusivamente às Testemunhas de Jeová e sua organização, a Torre de Vigia. Não atacamos ou expomos pessoas, mas doutrinas e ideias.


O autor desse blogue se sente como expresso acima de abertura deste recurso, com respeito às descobertas relacionadas às Testemunhas de Jeová, e talvez um dia você se sentirá assim também. Religião é algo que tem enorme preponderância na vida de uma pessoa. Quando passamos a descobrir que a nossa religião escondeu durante décadas algo de nós e, pior que isso, nos contou mentiras e falsidades, seria apenas natural e correcto disponibilizar o que descobrimos a outros. Além disso, sou grato que alguns, com grande custo pessoal, compartilharam comigo suas experiências e achados, de modo que seria apenas natural e gentil repetir o mesmo gesto a outros.


Por favor não rejeite algo logo de imediato simplesmente porque é difícil de ouvir ou chocante demais para aceitar. Questione. Pense. Reflicta. O autor dos artigos desse Blogue sabe do que fala e como você se sente. Eu convido você a consultar a biblioteca do seu Salão do Reino. Ela é a base do que falamos aqui e talvez seja o melhor testemunho que há no sentido de expor a Sociedade Torre de Vigia. O CD de publicações da Torre de Vigia, embora limitado, também é uma óptima ferramenta. Consulte-o. Se você ainda assim não assentir com as coisas aqui patentes, tudo bem, é o seu direito e, afinal, sua fé sairá desse reexame ainda mais fortalecida, não é mesmo? Tenha uma mente aberta e não deixe que uma religião lhe negue o direito de examinar algo que você julga ser de seu interesse.


Finalmente, apelamos a você que pondere o que aqui expomos com atitude de oração, mente aberta, reflexão e... boa pesquisa.

BEM HAJA

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Testemunhas de Jeová = Católicos

Sociedade Torre de Vigia da França confirma semelhança com a Igreja Católica


Num comunicado publicado no site oficial das Testemunhas de Jeová na França, a Sociedade Torre de Vigia tenta dissimular as autoridades estatais quanto aos casos de pedofilia em congregações das Testemunhas de Jeová. Sem citar nenhuma carta orientadora aos anciãos, a Sociedade usa de trechos de A Sentinela e Despertai! sobre as sugestões aos pais para proteger as crianças dos predadores sexuais.

Ora, são as cartas que orientam os anciãos Testemunhas a manter o privilégio eclesiástico de guardar confissões em vez de simplesmente colaborar com as autoridades em prender o pederasta. Mas é óbvio que este tipo de orientação não é posta no comunicado oficial.

Uma nota interessante, logo de início, é a própria Sociedade rotular-se de "Culto", como aparece no título:
 
Communication de l'Association Cultuelle les Témoins de Jéhovah de France


tradução: "Comunicado da Associação Cultual das Testemunhas de Jeová da França"

Sim, é CULTUAL, e não cultural.

O último parágrafo é revelador. As comissões judicativas são equivalentes aos tribunais eclesiásticos da Igreja Católica. Engana-se a Testemunha de Jeová que sejam comissões de base bíblica.

Leia por si mesmo:

Dans une assemblée de fidèles, si un cas d'agression sexuelle sur mineur est porté à l'attention des ministres du culte, ces derniers constituent un comité de discipline religieuse composé de trois d'entre eux. L'existence des comités de discipline religieuse est à rapprocher d'instances telles que les tribunaux ecclésiastiques dans l'Église catholique ou le Beth-Din dans la religion israélite."


Tradução com grifo acrescentado:
"Numa assembleia de fiéis, se um caso de agressão sexual num menor for levado à atenção dos ministros do culto, estes constituem uma comissão de disciplina religiosa composta por três dentre eles. A existência das comissões de disciplina religiosa é para aproximar-se de processos tais como os tribunais eclesiásticos da Igreja Católica ou o Beth-Din da religião israelita."

Cada vez mais fica evidenciado que a Sociedade Torre de Vigia é uma religiãozinha qualquer, principalmente neste assunto tão sério sobre pedofilia em suas fileiras.

Rosazul Documentos

Para onde havemos de ir? - Parte II

Não é nada fácil reaprender a andar com nossas próprias pernas. Portanto, ao chegarmos a modestas conclusões sem o apoio de uma organização religiosa, é essencial que aprendamos, nesse momento, a respeitar sinceramente os que defendem suas crenças a fim de evitarmos os laços de uma possível intolerância "religiosa".


Não saio a fazer prosélitos. Não quero usar minhas crenças pessoais para confinar pessoas em um rebanho especialmente escolhido, agraciado com a Salvação Eterna. Como já mostrei nos parágrafos anteriores, não acredito que Deus esteja "chamando" pessoas desse modo, típico expediente usado pelas religiões em geral.

E a resposta para as questões fundamentais, tais como de onde viemos e para onde vamos? Não deveria a religião, que se diz verdadeira, respondê-las? Um amigo meu, Testemunha de Jeová, escreveu para a lista "Testemunhas".

Sobre EM QUE acreditar ou AONDE ir em busca das respostas fundamentais sobre a vida:

"É mister lembrar que estas questões, em última análise, são bem irrespondíveis - no sentido de que as respostas variarão em função de uma série de fatores, a saber, a personalidade da pessoa, a evidência disponível a ela e, principalmente a CULTURA a que ela pertence. Por exemplo, tivesse você nascido na China (ou Japão), com altíssima probabilidade você seria budista (Taoísta ou quem sabe adepto das filosofias de Confúcio) e estaria encontrando "as respostas" no pensamento de Buda. Fosse você nascido na populosa Índia, teria à sua disposição o hinduísmo como fonte das "respostas". Ou, quem sabe, tendo florescido no solo iraniano, teria encontrado estas mesmas "respostas" como muçulmano xiita. Por outro lado, sendo iraquiano, muitíssimo provavelmente você seria um muçulmano sunita e buscaria as "respostas" no Alcorão. Asseguro-lhe que, em qualquer um destes países anteriormente mencionados, ser-lhe-ia ALTAMENTE IMPROVÁVEL a busca de uma religião cristã como forma de encontrar as "respostas". Se a igreja católica é minoria nestes países, imagine o que dizer da Watchtower! Tendo você sido gerado em solo ocidental, esteve exposto à formação cristã e recorreu ao cristianismo em busca de "respostas". "

Eis uma outra razão pela qual não escrevo presunçosamente sobre uma nova opção de religião. Eis mais um motivo pelo qual não pretendo JAMAIS fundar nem mais pertencer a uma religião, principalmente uma do tipo que ouse se auto-eleger como "A Verdade".
Pessoas em geral, mesmo as Testemunhas de Jeová que se dizem possuidoras da "Verdade" ou como "estando na verdade há X tempo", debatem-se nas mesmas questões fundamentais ou se conformam com respostas simplistas. Mas mesmo neste último caso, nem sempre aceitam tudo que se lhes é dito por meio de sua agência "autorizada" de informações, seu Corpo Governante; muitos escondem suas dúvidas com medo de represálias e estigmas habituais do tipo "irmão fraco na fé".

Obviamente, algumas respostas básicas são dadas na Bíblia e essas deveriam bastar. (Romanos 15:4) No entanto, as pessoas preferem digladiar e afastar-se uma das outras por dar excessiva importância a doutrinas e crenças do tipo: há inferno ou não? A alma é imortal ou não? Vamos para o paraíso no céu (Heb. 11:13-16) ou para um paraíso terrestre (Salmos 37:11)? Etc. Não buscam deixar os destinos de suas vidas nas mãos de Deus e por causa de crenças fabricadas por homens e de centenas de milhares de interpretações diferentes da Bíblia ou até de outros livros considerados "sagrados", a humanidade tem presenciado a proliferação de seitas sectárias, dogmáticas, fundamentalistas, e assim por diante.

Percebemos que as religiões, que no início parecem dar todas as respostas, não conseguem resolver todas as questões existenciais de modo satisfatório e plenamente convincente.

Quando reflicto em quão desapontadora e grandemente dolorosa foi minha experiência com a Torre de Vigia ao descobrir que as afirmativas dela de ser a "Adoração Verdadeira" (título esse que apenas evoca e perpetua a presunção de homens que se consideram especialmente "orientados por espírito santo"), sinto uma profunda empatia e preocupação por cada pessoa que ainda poderá descobrir isso. Admito que, seria melhor para tal pessoa nunca tê-la conhecido nem tê-la servido. Para mim, foi uma penosa e aflitiva constatação, pois desejava ter encontrado as respostas para a existência humana nessa ovacionada "verdade" das Testemunhas de Jeová. Felizmente, para consolo e minimização dos anseios e sofrimentos do espírito humano, a Bíblia, a Palavra de Deus, mostra-se nestes casos, eterna fonte de encorajamento e esperança segura. (Rom. 15:4)


De qualquer forma, é reconfortante usar as duras lições aprendidas para tentar ajudar outras pessoas a livrar-se ou afrouxar os grilhões escravizadores das religiões que lhes sufocam com suas cargas pesadas.

Na maioria dos casos, mesmo para os mais crédulos, tais "religiões verdadeiras" lhes tosquiam muito mais do que lhes apascentam. (Mateus 23)


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Para onde havemos de ir? - Parte I

Grande parte das religiões que afirmam ser "a verdadeira", surgiram há bem pouco tempo no mundo e principalmente nos Estados Unidos. Entre elas, temos a Igreja Mórmon, o Adventismo, a Assembleia de Deus, e as Testemunhas de Jeová. Todas dizem cumprir profecias bíblicas para os nossos dias e alegam ter representantes terrestres de Deus para falar ao povo Dele. A Bíblia alertou sobre essa tendência em Mateus 7:21-23.


O fato é que há graves problemas oriundos do conceito de "Religião Verdadeira". Comummente, tal alegação produz divisões pela supremacia religiosa e exclusivismo, por vezes fanático e impiedoso. Essa luta se consolida facilmente quando os líderes de movimentos religiosos endossam papéis perigosos a homens imperfeitos. Mesmo algumas religiões que surgiram com o esforço de pastores humildes, presenciaram os efeitos dessa tendência ao verem seus líderes afirmarem que eram "especialmente escolhidos, detentores de uma missão divina", etc. Quase sem excepções, esses homens se arvoraram de "mensageiros", "arautos", "guias", "escravo fiel e discreto", etc. Tomando um bom número de seus semelhantes como reféns de um pacote de regras de adoração extra-Bíblia, de um novo conjunto de ensinos "bíblicos", "novas luzes" ou "revelações", subordinando suas ovelhas a doutrinas e ensinamentos falhos, muitas vezes danosos.

Algumas pessoas, no entanto, por necessidades muitas vezes puramente emocionais, vêem pontos positivos ou "vantagens" nas religiões hodiernas: amizades que vão se consolidando através dos anos; o encorajamento de pessoas que lhes são familiares em tempos de crises; a aprovação de parentes da mesma denominação religiosa, etc. Sentem-se em "segurança espiritual" e "mais próximos de Deus" ao se ajuntarem em igrejas, templos e "Salões do Reino".


Por incrível que pareça, muitos que buscam tais religiões organizadas, sentem-se "bem" e até aprovam os "freios" que a religião lhes inflige através de pastores que lhes ditam regras de conduta além das contidas na Bíblia. Para tais "ovelhas", uma espécie de casulo religioso exclusivista "severo" é justificado usando-se Heb. 10:24, 25, embora a Bíblia aqui não defina em que igreja se cumpriria esse texto e o próprio Cristo tenha nos garantido que bastariam "2 ou 3 em nome dele" para estar no meio deles. Mas até essas "ovelhas", ao usarem a razão, discernem grandes desvantagens nos modelos de tais "reuniões cristãs" em nossos dias, como o pungente legalismo religioso.

Enquanto alguns se esforçam em lutar pela liberdade cristã responsável, muitos fazem questão de buscar "freios" - de que supõem precisar - numa "religião verdadeira". Com o tempo, contudo, tais "freios" tornam-se suas algemas mentais, psicológicas e espirituais, frutos da convivência com companheiros "cristãos" que se transformam em juízes e "amos de sua fé".


O que nos resta, então? Seguir aquela que consideramos "a melhorzinha"? Simplesmente e comodamente aderirmos à nossa tradição religiosa familiar, recolhendo-nos às nossas "herdadas" conchas de complacência? Ir levando de qualquer jeito sem mexer em nada? Entregar nossas mentes e corações imperfeitos e desesperados (Jer. 17:9) à camisa de força de alguma organização religiosa austera, inflexível e rigorosa que nos "ajude a manter a sobriedade cristã, guardar os requisitos bíblicos e cumprir zelosamente as obrigações teocráticas"? (Esse foi o motivo dado por um amigo TJ para continuar como membro da Torre de Vigia, 8 meses depois de minha saída).

É óbvio que Deus deu a cada pessoa o direito de sentir-se totalmente livre para fazer suas próprias escolhas (Mateus 7:14,15; Deut. 30:19). Mas a Sociedade Torre de Vigia insiste em intimidar as pessoas para servir fielmente à sua organização por dizer coisas do tipo encontrado em A Sentinela, 15 de outubro de 1992, páginas 20 e 21, parágrafos 12, 14 (final) 15 (início) sob o subtópico "Não Há Outro Lugar":


12. "Sentir-nos-emos impelidos a servir a Jeová com lealdade JUNTO COM SUA ORGANIZAÇÃO se lembrarmos de que NÃO HÁ OUTRO LUGAR ONDE SE POSSA OBTER A VIDA ETERNA.


14. "Não há outro lugar onde se possa OBTER O FAVOR DIVINO E A VIDA ETERNA."

15. "Nosso coração deve impelir-nos a cooperar com a organização de Jeová porque sabemos que só ela é dirigida pelo Seu espírito e divulga Seu nome e Seus propósitos."

Porém, nosso criador nos alertou sobre o julgamento individual que Ele mesmo promete em sua Palavra, a Bíblia, em textos claros que dizem: "cada um de nós ficará postado diante da cadeira de juiz de Deus...; cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus." (Romanos 14:10-12)

Isso nos mostra que ele considerará as pessoas individualmente. Embora a Sociedade diga que Jeová "sempre orientou seus servos de maneira organizada" (A Sentinela 15/07/83, página 27, par. 19 20), a Bíblia narra o registo fiel de servos individuais como Abrãao, Isaque, Jacó, José, Noé, Jonas, dentre outros, que o serviram fielmente sem um comando central ou "corpo governante". Isso sem falar dos homens fiéis como Paulo, Pedro, Tiago e outros que não faziam parte de alguma organização religiosa com um Corpo Governante. A ocasional reunião de "anciãos" no livro bíblico de Atos 15 para resolver problemas locais, nunca deveria ter sido usada para provar a existência de um "Corpo Governante" tal como o da Torre de Vigia que dita regras além das que são puramente bíblicas. Obviamente, homens LEGITIMAMENTE inspirados por Deus continuaram a escrever as Escrituras (2 Tim. 3:16) no primeiro século após a morte de Cristo. O que dizer de hoje? Ora, explicar que "ser orientado" é diferente de "ser inspirado" mas exigir igual obediência, é algo incompreensível e contraditório e invalida o sentido destas palavras. Ademais, ainda que tivesse havido esse suposto "Corpo Governante", certamente não mais conseguiríamos achá-lo actualmente em alguma religião.

Alguns dos que têm saído da organização religiosa das Testemunhas de Jeová optam por buscar uma relação íntima, reverente e pessoal com Deus, não se julgando superiores ao resto da humanidade nem condenando a ninguém. (Prov. 21:2; Jer. 17: 9,10) Ao contrário, tais pessoas sentem-se iguais a Paulo ao descrever seus conflitos pessoais, suas fraquezas e tendências imperfeitas, sem usar de humildade fingida ou hipocrisia: "Homem miserável que eu sou! Quem me resgatará do corpo que é submetido a esta morte? Graças a Deus, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor! (Romanos 7:24, 25).


É interessante notar que a única passagem bíblica que fala claramente sobre "A forma de adoração que é pura e imaculada do ponto de vista de Deus" é Tiago 1: 27 e ali se faz referência à caridade aos órfãos e viúvas e a manter-se sem manchas do mundo. Ou seja, ambas as coisas têm a ver com CONDUTA CRISTÃ e não com doutrinas e ensinamentos.

Doutrinas e ensinamentos? Muitos acham proveitoso usar suas próprias consciências dadas por Deus para crer ou não em muitas coisas da forma mais imparcial e não tendenciosa possível. Tomo meu próprio caso como exemplo: não observava o Natal antes de me matizar como Testemunha de Jeová e continuo a não fazê-lo; não creio numa Trindade (embora já tenha lido praticamente tudo o que se diz sobre isso usando a biblioteca protestante); não acredito num inferno de fogo; não vejo nada especial na data de 1914, excepto o valor histórico dela como tantas outras (1789 - Revolução Francesa, 1939 e 1945 - início e fim da 2a. Guerra Mundial, etc.); não creio que exista um "escravo fiel e discreto" como classe distinta mas sim como indivíduos fiéis; rejeito o espiritismo em todas as suas formas, etc. Mas essas são apenas escolhas pessoais baseadas em minhas próprias conclusões e leitura pessoal da Bíblia e não mais naquilo que uma determinada organização religiosa diz que a Bíblia declara e que, por isso, eu terei de crer.


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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Não Pode...


Não podem Comer chocolate

Séculos antes de os espanhóis chegarem à América, os astecas já conheciam as favas de cacau. Com elas, faziam um líquido escuro e amargo, preparado com pimenta e especiarias, que chamavam Tchocolatl. Antes de servir, os astecas derramavam a bebida do altar, para fazer espuma. Daí foi levado para a Europa e teve mudanças em cada localidade do mundo! Mas, seu início era associado ao misticismo!


Não podem jogar Damas ou Xadrez
Muitos jogos nasceram como instrumentos de adivinhação, usados por sábios e conselheiros. Eles garantiam que podiam prever até guerras depois de uma disputa. Assim, em 2000 a.C., nasceu no Egipto o jogo de damas, inicialmente chamado de alquerque. Vale lembrar que seu formato sempre deriva de mandalas, outro símbolo místico do Oriente.


Não podem ir para Hospitais

Para evitar o transtorno de tratar seus escravos velhos e doentes, os romanos ergueram um templo dedicado a Esculápio, o deus da medicina, numa ilha do rio Tibre, em 293 a.C. Os escravos ficavam deitados ali, aos cuidados desse deus. A maioria morria. Aqueles que conseguiam se recuperar passavam a cuidar dos doentes, como se fossem enfermeiros. Eis aí o início do Hospital que conhecemos hoje!


Não podem se divertir em circos

Já o circo nasceu na Roma antiga. Naquela época, consistia em uma área dividida em pista, arquibancada e cavalarias onde ocorriam corridas de cavalos, combate de gladiadores, brigas entre homens e animais e duelos entre bichos. Por isso o local recebeu o nome circus, que quer dizer lugar em que competições acontecem. Vale lembrar que tudo isso tinha a bênção do Imperador de Roma, considerado um deus! Não podem mais aplaudir o final de um discurso O aplauso existe há cerca de 3 mil anos. No princípio, era um gesto religioso, popularizado em rituais pagãos: o barulho devia chamar a atenção dos deuses. No teatro clássico grego, era a forma pela qual os artistas pediam à plateia que invocassem os espíritos protectores das artes.


Não podem mais apertar a mão de ninguém

O aperto de mão era a forma pela qual um deus concedia seu poder a um dirigente terrestre. Isso está gravado em diversos hieróglifos egípcios, em que o verbo dar é representado por uma única mão estendida.


Não podem se basear pelos dias da semana

Por que a semana tem 7 dias? O conceito da semana de sete dias remonta a várias culturas antigas e está relacionado à religião e à astronomia. Por volta de 3000 a.C., os povos já distinguiam a olho nu os chamados “setes astros errantes”: Sol, Lua e os planetas Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter e Saturno. Cada dia foi, então, dedicado a uma deidade, que dá nome aos planetas. Após o cristianismo, o nome do dia do Sol (solis dies) passou a ser o dia do Senhor (dominus, que deu origem a domingo) e o saturni dies (dia de Saturno) foi trocado por sabbatum, que vem do hebraico shabbat, dia do descanso. Os demais: lunae dies (segunda), martis dies (terça), mercurii dies (quarta), jovis dies (quinta) e veneris dies (sexta).


Também não podem ter uma chaminé
Esse costume indiano tem sua réplica nas crenças disseminadas pela Europa e Ásia, de que a alma do morto sai pela chaminé (orifício de fumaça) ou pelo telhado, principalmente pela parte do teto que se encontra acima do “ângulo sagrado”.


Não podem ter contacto com a Matemática

O pensamento matemático nos albores da civilização humana jamais aparece com sua verdadeira forma lógica, e se encontra, por assim dizer, envolto na atmosfera do pensamento mítico. Os pitagóricos falavam do número como de um poder mágico e misterioso, e até em sua teoria do espaço empregam uma linguagem mítica. Quando o homem, pela primeira vez, ergueu os olhos para o céu, não foi para satisfazer a uma curiosidade meramente intelectual. Em face destas considerações, vemos claramente que o espaço dos primeiros sistemas astronómicos e matemáticos não poderia ser um mero espaço teórico, estava prenhe de poderes mágicos, divinos e demoníacos.


Não podem ter jardins decorativos em suas casas

Mas esses jardins em miniatura, que se tornaram objecto de predilecção para os estetas, tinham uma longa história, até mesmo uma pré-história, na qual se revela um profundo sentimento religioso do mundo, a lembrança do paraíso original que fora perdido.


Não podem viver em cidades e casas

A habitação humana, por sua vez, fora precedida cronologicamente pelo “lugar santo” provisório, pelo espaço provisoriamente consagrado e cosmizado. Isso é o mesmo que dizer que todos os símbolos e rituais concernentes aos templos, às cidades e às casas derivam, em última instância, da experiência primária do espaço sagrado. Tudo o que foi feito de estrutura de uma cidade era ao mesmo tempo uma necessidade física para a moradia, mas com amplo fervor místico, já que não podia desagradar os deuses!


"Irmãs", não podem mais usar colar de pérolas!

Nos limites da magia e da medicina, a pérola cumpre o papel ambíguo do talismã; o que anteriormente proporcionava fertilidade e assegurava um destino ideal depois da morte, torna-se pouco a pouco uma constante fonte de prosperidade. Antigamente, no Oriente era usada medicinalmente e misticamente e pouco a pouco foi obtendo o status de jóia!


Nada de bijutarias feitas com conchas do mar

Os colares de conchas, os braceletes, os amuletos ornados com conchas marinhas ou mesmo a simples imagem destas defendem mulheres, crianças e animais da má sorte, das doenças, da esterilidade.


Não podem ter muros nas suas casas

É bem provável que as defesas dos lugares habitados e das cidades tenham começado como defesas mágicas; isto porque essas defesas – fossos, labirintos, muralhas etc. – eram dispostas para impedir muito mais a invasão dos maus espíritos do que o ataque dos humanos. Até mais tarde na história, na Idade Média por exemplo, os muros das cidades eram consagrados ritualmente como uma defesa contra o Demónio, a doença e a morte.


'Irmãs" não podem cobrir a cabeça na oração

O Capuz ou Véu era peça de vestuário de diversos deuses, demónios e magos. Além do lado prático, tem valor de expressão simbólica de concentração de força espiritual ou do ocultar-se. Nos ritos de iniciação das mais diversas culturas cobrir a cabeça com véu ou capuz simboliza a morte.


Não podem varrer suas casas

A vassoura junto com seu lado prático é um objecto não só profano mas também cúltico, usado para a limpeza simbólica de um templo.
NÃO PODEM FAZER TEATRO (DRAMA) NOS CONGRESSOS O teatro nasceu na Grécia pagã, no culto de Dionísio. Inclusive, antes de cada tragédia ser encenada sacrificava-se um bode a esse deus.



Pascoal Naib