terça-feira, 25 de agosto de 2009

Testemunhas de Jeová = Católicos

Sociedade Torre de Vigia da França confirma semelhança com a Igreja Católica


Num comunicado publicado no site oficial das Testemunhas de Jeová na França, a Sociedade Torre de Vigia tenta dissimular as autoridades estatais quanto aos casos de pedofilia em congregações das Testemunhas de Jeová. Sem citar nenhuma carta orientadora aos anciãos, a Sociedade usa de trechos de A Sentinela e Despertai! sobre as sugestões aos pais para proteger as crianças dos predadores sexuais.

Ora, são as cartas que orientam os anciãos Testemunhas a manter o privilégio eclesiástico de guardar confissões em vez de simplesmente colaborar com as autoridades em prender o pederasta. Mas é óbvio que este tipo de orientação não é posta no comunicado oficial.

Uma nota interessante, logo de início, é a própria Sociedade rotular-se de "Culto", como aparece no título:
 
Communication de l'Association Cultuelle les Témoins de Jéhovah de France


tradução: "Comunicado da Associação Cultual das Testemunhas de Jeová da França"

Sim, é CULTUAL, e não cultural.

O último parágrafo é revelador. As comissões judicativas são equivalentes aos tribunais eclesiásticos da Igreja Católica. Engana-se a Testemunha de Jeová que sejam comissões de base bíblica.

Leia por si mesmo:

Dans une assemblée de fidèles, si un cas d'agression sexuelle sur mineur est porté à l'attention des ministres du culte, ces derniers constituent un comité de discipline religieuse composé de trois d'entre eux. L'existence des comités de discipline religieuse est à rapprocher d'instances telles que les tribunaux ecclésiastiques dans l'Église catholique ou le Beth-Din dans la religion israélite."


Tradução com grifo acrescentado:
"Numa assembleia de fiéis, se um caso de agressão sexual num menor for levado à atenção dos ministros do culto, estes constituem uma comissão de disciplina religiosa composta por três dentre eles. A existência das comissões de disciplina religiosa é para aproximar-se de processos tais como os tribunais eclesiásticos da Igreja Católica ou o Beth-Din da religião israelita."

Cada vez mais fica evidenciado que a Sociedade Torre de Vigia é uma religiãozinha qualquer, principalmente neste assunto tão sério sobre pedofilia em suas fileiras.

Rosazul Documentos

Para onde havemos de ir? - Parte II

Não é nada fácil reaprender a andar com nossas próprias pernas. Portanto, ao chegarmos a modestas conclusões sem o apoio de uma organização religiosa, é essencial que aprendamos, nesse momento, a respeitar sinceramente os que defendem suas crenças a fim de evitarmos os laços de uma possível intolerância "religiosa".


Não saio a fazer prosélitos. Não quero usar minhas crenças pessoais para confinar pessoas em um rebanho especialmente escolhido, agraciado com a Salvação Eterna. Como já mostrei nos parágrafos anteriores, não acredito que Deus esteja "chamando" pessoas desse modo, típico expediente usado pelas religiões em geral.

E a resposta para as questões fundamentais, tais como de onde viemos e para onde vamos? Não deveria a religião, que se diz verdadeira, respondê-las? Um amigo meu, Testemunha de Jeová, escreveu para a lista "Testemunhas".

Sobre EM QUE acreditar ou AONDE ir em busca das respostas fundamentais sobre a vida:

"É mister lembrar que estas questões, em última análise, são bem irrespondíveis - no sentido de que as respostas variarão em função de uma série de fatores, a saber, a personalidade da pessoa, a evidência disponível a ela e, principalmente a CULTURA a que ela pertence. Por exemplo, tivesse você nascido na China (ou Japão), com altíssima probabilidade você seria budista (Taoísta ou quem sabe adepto das filosofias de Confúcio) e estaria encontrando "as respostas" no pensamento de Buda. Fosse você nascido na populosa Índia, teria à sua disposição o hinduísmo como fonte das "respostas". Ou, quem sabe, tendo florescido no solo iraniano, teria encontrado estas mesmas "respostas" como muçulmano xiita. Por outro lado, sendo iraquiano, muitíssimo provavelmente você seria um muçulmano sunita e buscaria as "respostas" no Alcorão. Asseguro-lhe que, em qualquer um destes países anteriormente mencionados, ser-lhe-ia ALTAMENTE IMPROVÁVEL a busca de uma religião cristã como forma de encontrar as "respostas". Se a igreja católica é minoria nestes países, imagine o que dizer da Watchtower! Tendo você sido gerado em solo ocidental, esteve exposto à formação cristã e recorreu ao cristianismo em busca de "respostas". "

Eis uma outra razão pela qual não escrevo presunçosamente sobre uma nova opção de religião. Eis mais um motivo pelo qual não pretendo JAMAIS fundar nem mais pertencer a uma religião, principalmente uma do tipo que ouse se auto-eleger como "A Verdade".
Pessoas em geral, mesmo as Testemunhas de Jeová que se dizem possuidoras da "Verdade" ou como "estando na verdade há X tempo", debatem-se nas mesmas questões fundamentais ou se conformam com respostas simplistas. Mas mesmo neste último caso, nem sempre aceitam tudo que se lhes é dito por meio de sua agência "autorizada" de informações, seu Corpo Governante; muitos escondem suas dúvidas com medo de represálias e estigmas habituais do tipo "irmão fraco na fé".

Obviamente, algumas respostas básicas são dadas na Bíblia e essas deveriam bastar. (Romanos 15:4) No entanto, as pessoas preferem digladiar e afastar-se uma das outras por dar excessiva importância a doutrinas e crenças do tipo: há inferno ou não? A alma é imortal ou não? Vamos para o paraíso no céu (Heb. 11:13-16) ou para um paraíso terrestre (Salmos 37:11)? Etc. Não buscam deixar os destinos de suas vidas nas mãos de Deus e por causa de crenças fabricadas por homens e de centenas de milhares de interpretações diferentes da Bíblia ou até de outros livros considerados "sagrados", a humanidade tem presenciado a proliferação de seitas sectárias, dogmáticas, fundamentalistas, e assim por diante.

Percebemos que as religiões, que no início parecem dar todas as respostas, não conseguem resolver todas as questões existenciais de modo satisfatório e plenamente convincente.

Quando reflicto em quão desapontadora e grandemente dolorosa foi minha experiência com a Torre de Vigia ao descobrir que as afirmativas dela de ser a "Adoração Verdadeira" (título esse que apenas evoca e perpetua a presunção de homens que se consideram especialmente "orientados por espírito santo"), sinto uma profunda empatia e preocupação por cada pessoa que ainda poderá descobrir isso. Admito que, seria melhor para tal pessoa nunca tê-la conhecido nem tê-la servido. Para mim, foi uma penosa e aflitiva constatação, pois desejava ter encontrado as respostas para a existência humana nessa ovacionada "verdade" das Testemunhas de Jeová. Felizmente, para consolo e minimização dos anseios e sofrimentos do espírito humano, a Bíblia, a Palavra de Deus, mostra-se nestes casos, eterna fonte de encorajamento e esperança segura. (Rom. 15:4)


De qualquer forma, é reconfortante usar as duras lições aprendidas para tentar ajudar outras pessoas a livrar-se ou afrouxar os grilhões escravizadores das religiões que lhes sufocam com suas cargas pesadas.

Na maioria dos casos, mesmo para os mais crédulos, tais "religiões verdadeiras" lhes tosquiam muito mais do que lhes apascentam. (Mateus 23)


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Para onde havemos de ir? - Parte I

Grande parte das religiões que afirmam ser "a verdadeira", surgiram há bem pouco tempo no mundo e principalmente nos Estados Unidos. Entre elas, temos a Igreja Mórmon, o Adventismo, a Assembleia de Deus, e as Testemunhas de Jeová. Todas dizem cumprir profecias bíblicas para os nossos dias e alegam ter representantes terrestres de Deus para falar ao povo Dele. A Bíblia alertou sobre essa tendência em Mateus 7:21-23.


O fato é que há graves problemas oriundos do conceito de "Religião Verdadeira". Comummente, tal alegação produz divisões pela supremacia religiosa e exclusivismo, por vezes fanático e impiedoso. Essa luta se consolida facilmente quando os líderes de movimentos religiosos endossam papéis perigosos a homens imperfeitos. Mesmo algumas religiões que surgiram com o esforço de pastores humildes, presenciaram os efeitos dessa tendência ao verem seus líderes afirmarem que eram "especialmente escolhidos, detentores de uma missão divina", etc. Quase sem excepções, esses homens se arvoraram de "mensageiros", "arautos", "guias", "escravo fiel e discreto", etc. Tomando um bom número de seus semelhantes como reféns de um pacote de regras de adoração extra-Bíblia, de um novo conjunto de ensinos "bíblicos", "novas luzes" ou "revelações", subordinando suas ovelhas a doutrinas e ensinamentos falhos, muitas vezes danosos.

Algumas pessoas, no entanto, por necessidades muitas vezes puramente emocionais, vêem pontos positivos ou "vantagens" nas religiões hodiernas: amizades que vão se consolidando através dos anos; o encorajamento de pessoas que lhes são familiares em tempos de crises; a aprovação de parentes da mesma denominação religiosa, etc. Sentem-se em "segurança espiritual" e "mais próximos de Deus" ao se ajuntarem em igrejas, templos e "Salões do Reino".


Por incrível que pareça, muitos que buscam tais religiões organizadas, sentem-se "bem" e até aprovam os "freios" que a religião lhes inflige através de pastores que lhes ditam regras de conduta além das contidas na Bíblia. Para tais "ovelhas", uma espécie de casulo religioso exclusivista "severo" é justificado usando-se Heb. 10:24, 25, embora a Bíblia aqui não defina em que igreja se cumpriria esse texto e o próprio Cristo tenha nos garantido que bastariam "2 ou 3 em nome dele" para estar no meio deles. Mas até essas "ovelhas", ao usarem a razão, discernem grandes desvantagens nos modelos de tais "reuniões cristãs" em nossos dias, como o pungente legalismo religioso.

Enquanto alguns se esforçam em lutar pela liberdade cristã responsável, muitos fazem questão de buscar "freios" - de que supõem precisar - numa "religião verdadeira". Com o tempo, contudo, tais "freios" tornam-se suas algemas mentais, psicológicas e espirituais, frutos da convivência com companheiros "cristãos" que se transformam em juízes e "amos de sua fé".


O que nos resta, então? Seguir aquela que consideramos "a melhorzinha"? Simplesmente e comodamente aderirmos à nossa tradição religiosa familiar, recolhendo-nos às nossas "herdadas" conchas de complacência? Ir levando de qualquer jeito sem mexer em nada? Entregar nossas mentes e corações imperfeitos e desesperados (Jer. 17:9) à camisa de força de alguma organização religiosa austera, inflexível e rigorosa que nos "ajude a manter a sobriedade cristã, guardar os requisitos bíblicos e cumprir zelosamente as obrigações teocráticas"? (Esse foi o motivo dado por um amigo TJ para continuar como membro da Torre de Vigia, 8 meses depois de minha saída).

É óbvio que Deus deu a cada pessoa o direito de sentir-se totalmente livre para fazer suas próprias escolhas (Mateus 7:14,15; Deut. 30:19). Mas a Sociedade Torre de Vigia insiste em intimidar as pessoas para servir fielmente à sua organização por dizer coisas do tipo encontrado em A Sentinela, 15 de outubro de 1992, páginas 20 e 21, parágrafos 12, 14 (final) 15 (início) sob o subtópico "Não Há Outro Lugar":


12. "Sentir-nos-emos impelidos a servir a Jeová com lealdade JUNTO COM SUA ORGANIZAÇÃO se lembrarmos de que NÃO HÁ OUTRO LUGAR ONDE SE POSSA OBTER A VIDA ETERNA.


14. "Não há outro lugar onde se possa OBTER O FAVOR DIVINO E A VIDA ETERNA."

15. "Nosso coração deve impelir-nos a cooperar com a organização de Jeová porque sabemos que só ela é dirigida pelo Seu espírito e divulga Seu nome e Seus propósitos."

Porém, nosso criador nos alertou sobre o julgamento individual que Ele mesmo promete em sua Palavra, a Bíblia, em textos claros que dizem: "cada um de nós ficará postado diante da cadeira de juiz de Deus...; cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus." (Romanos 14:10-12)

Isso nos mostra que ele considerará as pessoas individualmente. Embora a Sociedade diga que Jeová "sempre orientou seus servos de maneira organizada" (A Sentinela 15/07/83, página 27, par. 19 20), a Bíblia narra o registo fiel de servos individuais como Abrãao, Isaque, Jacó, José, Noé, Jonas, dentre outros, que o serviram fielmente sem um comando central ou "corpo governante". Isso sem falar dos homens fiéis como Paulo, Pedro, Tiago e outros que não faziam parte de alguma organização religiosa com um Corpo Governante. A ocasional reunião de "anciãos" no livro bíblico de Atos 15 para resolver problemas locais, nunca deveria ter sido usada para provar a existência de um "Corpo Governante" tal como o da Torre de Vigia que dita regras além das que são puramente bíblicas. Obviamente, homens LEGITIMAMENTE inspirados por Deus continuaram a escrever as Escrituras (2 Tim. 3:16) no primeiro século após a morte de Cristo. O que dizer de hoje? Ora, explicar que "ser orientado" é diferente de "ser inspirado" mas exigir igual obediência, é algo incompreensível e contraditório e invalida o sentido destas palavras. Ademais, ainda que tivesse havido esse suposto "Corpo Governante", certamente não mais conseguiríamos achá-lo actualmente em alguma religião.

Alguns dos que têm saído da organização religiosa das Testemunhas de Jeová optam por buscar uma relação íntima, reverente e pessoal com Deus, não se julgando superiores ao resto da humanidade nem condenando a ninguém. (Prov. 21:2; Jer. 17: 9,10) Ao contrário, tais pessoas sentem-se iguais a Paulo ao descrever seus conflitos pessoais, suas fraquezas e tendências imperfeitas, sem usar de humildade fingida ou hipocrisia: "Homem miserável que eu sou! Quem me resgatará do corpo que é submetido a esta morte? Graças a Deus, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor! (Romanos 7:24, 25).


É interessante notar que a única passagem bíblica que fala claramente sobre "A forma de adoração que é pura e imaculada do ponto de vista de Deus" é Tiago 1: 27 e ali se faz referência à caridade aos órfãos e viúvas e a manter-se sem manchas do mundo. Ou seja, ambas as coisas têm a ver com CONDUTA CRISTÃ e não com doutrinas e ensinamentos.

Doutrinas e ensinamentos? Muitos acham proveitoso usar suas próprias consciências dadas por Deus para crer ou não em muitas coisas da forma mais imparcial e não tendenciosa possível. Tomo meu próprio caso como exemplo: não observava o Natal antes de me matizar como Testemunha de Jeová e continuo a não fazê-lo; não creio numa Trindade (embora já tenha lido praticamente tudo o que se diz sobre isso usando a biblioteca protestante); não acredito num inferno de fogo; não vejo nada especial na data de 1914, excepto o valor histórico dela como tantas outras (1789 - Revolução Francesa, 1939 e 1945 - início e fim da 2a. Guerra Mundial, etc.); não creio que exista um "escravo fiel e discreto" como classe distinta mas sim como indivíduos fiéis; rejeito o espiritismo em todas as suas formas, etc. Mas essas são apenas escolhas pessoais baseadas em minhas próprias conclusões e leitura pessoal da Bíblia e não mais naquilo que uma determinada organização religiosa diz que a Bíblia declara e que, por isso, eu terei de crer.


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